terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Amor em tempos de Tinder ou antes pixels eretos que carne e músculos adormecidos.


Eu não entendo o bode que muita gente tem de casinhos amorosos que começaram no Tinder. Quer dizer, eu até entendo, mas não concordo. Aliás, acho uma posição deveras demodê. Sou sim partidária do amor, não é segredo pra ninguém, e acho válida toda forma de ignição, independentemente da plataforma.

Os analógicos dizem que é um cardápio de gente, é inumano, não dá pra conversar lá, é muito queima, só tem tarado, mas se a gente for parar pra pensar na mecânica das baladas ou barzinhos, não tem muita diferença.

Mentaliza comigo: a gatinha chega na balada, dá aquela circulada pra ver as possibilidades (esse não, esse não esse não, esse é muito esquisito, deus me livre), vai pegar uma cerveja, e no bar, sempre nesse bendito bar, tem alguém interessante ( <3 ). E do outro lado do bar também (<3). E alí, paradinho no canto, também. (<3) O cara do bar pega uma bebida azul, olha de relance pra ela e vai embora (x). O do outro lado do bar até segura o olhar por mais alguns segundos, mas logo chega uma loirona junto (x). Já o paradinho no canto.... Olha uma, duas, três vezes, dá um sorrisinho. IT’S A MATCH!!!!!

Há 10 anos atrás, pra você ficar online, tinha que ligar o desktop, clicar duas vezes no logo da Ibest, botar a senha, clicar em conectar, escutar por um minuto aquele barulhinho da conexão, então, dar dois cliques no logo do msn, colocar sua senha e, aí, finalmente, (UFA!) você estava online. Hoje, tudo o que você precisa fazer é estar acordado.

Relacionamentos online não são mais coisa de gente que precisa de uma tela no meio do namoro pra se sentir confortável. Namorar pela internet hoje está à mão de todos, porque todos estamos online o tempo todo. Na verdade, eu gosto de dizer que nós somos online. O mundo digital não é um planeta diferente onde códigos binários passam voando por cima de nossas cabeças. É nada mais que o mundo real. Então nada mais natural que viver experiências reais, dentro do mundo real, mas em sua plataforma digital.

Tipo, conhecer caras gatos no Tinder.

Pode sim ter Tinder sem medo. Ou cutucar no Face também. Ou dar aquele follow no Insta, sim, porque, afinal de contas, a escolha de plataforma não mede sua vontade de amar. <33333

(ou de dar uns beijos, sei lá, né...)

sábado, 29 de março de 2014

Escreva sobre qualquer coisa

Morar em Recife tem dessas coisas. Faz 9 dias que a estação do ano mudou, mas isso não quer dizer absolutamente nada. Uma semana e quase-meia, infelizmente, não desfaz verão. Na verdade, nem todos os dias do ano desfazem o verão eterno que é essa cidade.
Por isso mesmo que eu ando sempre peladinha (apelido carinhoso que eu dei para minha farda diária de short jeans + blusinha, trajes necessários para não fritar por aí).
 Não importa se o dia acordou chovendo. Não vale o esforço tirar o casaco nem a calça jeans do armário.

Vai esquentar.

No nono dia do outono, sigo rezando para que as nuvens venham acudir minha pele amorenada, mas que não tragam consigo o mormaço disfarçado de chuva.
Meus ombros vermelhos pedem uma trégua .

Precisam esfriar.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Continuando...

Agora eu vou escrever um blog. Um blog especial. Um blog gostoso. Um blog pra re-la-xá, pra sair com meu gato, o Wescley. Ele me chamou pra ir pra festa. Vou fazer um textinho bem bonito pra ele. Vou caprichar bem muito pra ele.

(ai meu deus! a falta que faz um clemi)
(ou a falta que faz um texto. ou vários.)

domingo, 27 de maio de 2012

O que eles ouvem (mas não sabem que eu sei)

Sou stalker desde pequenininha. Tenho carteirinha e tudo. Pra mim, sempre foi fácil descobrir casa, placa de carro, telefone, tudo isso pra alimentar meus amores platônicos costumeiros. Depois do Orkut, vasculhar a vida dos boys nunca foi tão fácil e divertido. Orkut, Fotolog.com, Twitter, Facebook. Se você perdeu (a conta do) seu amor, trago de volta em 3 dias. Mas enfim, minhas habilidades não são o foco desse texto. Tava pensando esses dias nas musicas que eu agarrei amor depois de descobrir, stalkeando, que os carinhas tinham algum tipo de relação afetiva com elas. Não são de bandas que eu escuto regularmente. Algumas até de que eu não gosto. Mas essas músicas, exclusivamente, entraram para a minha playlist. 


Los Hermanos - Fingi na hora rir


Isso é coisa de Orkut. Primeira postagem de um tópico bastante frequentado, lá por 2008. Nunca foi bem um amor platônico. Foi alguma coisa assim, sazonal. Vinha. Passava. Voltava. Enjoava. Toda vez que escuto essa daí, lembro do boyzinho como ele costumava ser naquela época. 

Metallica - Die die die my darling (Misfits cover)


Não tão platônico assim. O cara era insanamente atraente, mas absolutamente pirado. Me mostrou várias outras músicas, mas essa, em particular, foi a que eu mais gostei. Desgraçada na medida. Que nem ele.


Dire Straits - Tunnel of love



Esse carinha é lindo. E o interessante é que ninguém achava ele bonito na época de colégio. Mas pense num rapaz charmoso. Lindo até o dedão do pé. Ele é desses sérios, que nunca dão um sorriso. Gosta de musica assim. De tiozão. Descobri Tunnel of Love porque ele tinha postado uma frase dela num status. Achei que conhecia de algum lugar, dei google e pá! O videoclipe é meio vergonhoso, mas a musica é foda.


The Doors - Love me two times 



Esse boysinho é muito fan do Doors. Toca uns instrumentos que nem os caras. É meio jogadão que nem os caras. Loki que nem os caras. Na verdade, acho que no fundo, ele só queria ser o Jim Morrison.

Tá mais que bom 4 meninos. Já pirei demais nesse post. Enfim, vai ser divertido reler isso daqui a uns tempos.



P.s: Se por acaso alguma identidade foi desvendada, problema seu!

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Revolver 3x

A melhor parte de voltar e revirar o passado em 25 linhas, é que se pode escolher o que vai nelas. Dá pra acertar o tom, apertar um parafuso, afrouxar outro.Ter suas palavras no rumo que se quer. Dá pra deixar de fora picuinhas, evitar o sensacionalismo. Dá pra maneirar no formal da língua, deixar o texto mais palpável. Ser completamente ácida usando um superlativo, um adjetivo, a falta de uma vírgula. Usar dos pontos, o controle das sentenças. É a hora em que se tem o poder. De ter a realidade contada a sua maneira. Assim eu fiz, com muito cálculo e cuidado, em um comentário numa coluna social online.

Online! 

Tava todo mundo lá pra festa. Coordenadoras, ex-colegas (não tão colegas assim, graças a Deus), ex-membras do clube das mães. E eu, com o meu texto elaboradíssimo.

Num comentário da coluna social online. 

ONLINE!

Mais uma vez eu dou essa surtada num texto, de madrugada, com as pessoas de sempre na minha cabeça. Eu acho que o problema é que meu velho-eu ta voltando e tomando conta de mim de novo.

 Socorro! Voltei.







                                                    
                                                                                                                    Ass: