sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

"Smile like you mean it" - The Killers at Glastonbury 2007



Se eu pudesse, eu postava o Hot Fuss e o Sam's Town todo nesse blog. Todo mundo que gosta de música tem suas bandas favoritas. E eu, particularmente, gosto muito do Killers.

(Só uma nota rápida pra não me deixar esquecer)

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Hearts on fire...
      Um dia um menino chegou para me dizer que estava apaixonado. Bem de surpresa ele soltou a língua e me disse que estava apaixonado. Na hora eu não quis me intrometer. Pensei que se ele quisesse falar mais, ele continuaria falando. Pareceu que ele também ficou tão chocado quanto eu fiquei. Os motivos eram diferentes, obviamente. Ele por ter libertado aquele fato gigante e tão pequeno, ao mesmo tempo, de intimo e secreto. Eu, por ter ouvido tamanha confissão. A gente anda por ai ouvindo muitas coisas todos os dias. O som da urbe (com seus carros, obras, pessoas falastronas, cachorros latindo...), o som planejadamente reproduzido pelo music player, conversa de amigos... Mas ouvir a paixão do menino que chegou de surpresa? A gente nunca ta preparado!

      Aí eu me peguei pensando: Como deve ser ficar apaixonado? Mas não o amorzinho dispensado homeopaticamente. AMOZÃO, mesmo. Como será se sentir tão cheio a ponto de ter a necessidade de espalhar pra todos que está amando? Amigos, essa parada deve ser muito dura. Muitíssimo, diria eu. Eu vi nos olhos daquela criatura a alma balançada. NOSSA SENHORA DOS APAIXONADOS! Cuidai deste menino!

      Eu ainda não sei o que vou fazer com essa informação, só sei que precisei contá-la. Esses fatos pequeninos que fazem nossa cabeça querer trabalhar, não é todo dia que aparecem. Vou continuar maturando até ficar satisfeita. Como essas coisinhas prosaicas cutucam a gente, né?!

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Não quero saber do lirismo que não é libertação

      Essa semana eu decidi me engajar. Entrei numa comunidade no Orkut e na segunda-feira saí pra rua com mais 150 malucos que também estavam a fim de fazer alguma coisa. Até aí tudo bem, se minha cidade não tivesse mais de um milhão de habitantes. Se a causa fosse a proteção das baleias de barriga verde eu entenderia a falta de gente. Mas, galera, nós queríamos chamar atenção para a educação brasileira (ou a falta dela, se preferir definir desse jeito).
     
      Depois de andar bastante pelo centro da cidade, o sol na cabeça me fez pensar sobre o porquê da falta de interesse. A comunidade reunia aproximadamente 1000 membros e só 15% deles compareceram. E só uma palavra veio me justificar essa omissão: egoísmo! Gente que não saiu de casa por preguiça, porque a mãe achou perigoso, porque professores orientaram a atitude bunda-mole, tem aos montes. Todas essas desculpas mascaram o egoísmo e a ignorância dessa geração. Que mal faz se doar uma tarde no ano inteiro em prol da educação? Ouvi também, inclusive várias vezes, a frase: "Eu não! Vou é estudar!" Estas palavras seriam louváveis nas CNTP, mas elas vinham cheias de revanchismo, transpiravam competição! O "EU" em detrimento do "NOS" tomou a frente.

       É uma pena viver nesses anos, com essa juventude tão bestializada. Não sou contra a cultura de massa. Consumo até com bastante frequência. Só que apenas ela não é o suficiente! Uma geração cujos ídolos são Restart, Justin Bieber e Felipe Neto é pra se foder! A mensagem que eles passam é completamente fugaz, fútil, inútil. Ninguém mais quer ter o trabalho de pensar politicamente. Nem ao menos o fetiche de um protesto na rua, de tomar a cidade em seus pés, faz algum jovem desligar a MTV.

       Estou crescendo e aprendendo a ser cidadã. Esse ano eu faço 18, então, vou ter todos os meus direitos e deveres ratificados. Eu me recuso a não usá-los. Recuso-me a ser mais uma adolescente lobotomizada pelas mídias. Recuso-me a não ter opinião. Recuso-me e, mais uma vez repito: RECUSO-ME! E se você também é jovem, deveria considerar a opção de ser cidadão ativo. Às vezes faz bem pra alma, sabe...

quinta-feira, 7 de outubro de 2010



Control yourself Take only what you need from it

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

3 anos

Faz 3 anos que eu mudei. Abri a cabeça e fui parar numa ciranda completamente excêntrica. Ciranda de Maluco. Abri os olhos e vi o que havia para ver. Tudo mesmo, todo o conteúdo. Empenhei sem preconceitos, meu ânimo na observação. Calma e lentamente absorvi. Absorvi e sorvi todos os sentidos da juventude. Transcendi do amor ao delírio. Senti as primeiras batidas de um coração alheio sem saber se era verde ou azul. Minha sinestesia trabalhava ininterruptamente. E mais cores apareciam. E eram muito vivas. E outra vez. E mais outras vezes. E mais! Senti a atmosfera me envolver como bolhas leves e flutuantes.

O que tinha dentro de mim já não me pertencia. Era dela. Da ciranda. Vomitei ideias, às vezes. E tantos outros também o fizeram. Não era baixo nem escondido. Todos colocavam pra fora, harmonicamente, como uma ciranda deveria ser. O ritmo sempre foi acelerado. Sempre. E era acompanhado por estímulos divinos. Ora superiores, ora inferiores, nunca ausentes.

Muito pouco me lembro de antes, a não ser dos humores dos meus queridos. E como tudo era menor 3 anos atrás. Minha pele, minha alma, meus olhos...

Faz 3 anos que eu abri a cabeça e caí nessa Ciranda de Maluco. Abri os olhos e vi tudo o que havia. Tudo, tudo mesmo. Não sobrou nada.




quarta-feira, 21 de julho de 2010

Foi meu alterego quem me obrigou.


Blog, blog meu, tem outra mocinha tão romântica quanto eu? Sempre soube a resposta. E ela é SIM. Todos são mais românticos que eu. Meu problema não é sentimento. É egocentrismo. Borboletas no meu estômago é dor de barriga! Mas, por que então esse sítio é cheio de textos apaixonadinhos? Simples. Egocentrismo, novamente.


Característica que herdei dos românticos de época, lidos nas aulas de português, está toda por aqui. O eu-lírico é o mais importante. Melhor dizendo, os sentimentos do eu-lírico são o mais importante. E agora que eu descobri outras escolas literárias muito mais interessantes que o Romantismo, que farei com meu ego hipertrofiado? Só o tempo (e alguns livros a mais) poderá dizer.

Sinestésica, volúvel e pscicodélica.

Consegui essa definição depois de 2 minutos pensando. Tão pouco tempo para uma auto-definição é justificável pelo fato de que está mudará, inevitavelmente, tão rápido quanto 2 minutos. Nunca fui muito afim das normalidades. Meu cérebro funciona diferente. Sem constancia, nem mesmo razão pra isso, minha mente flui em direções aleatórias. De 2 em 2 minutos sou nova.


Brainstorms, pra que os quero? Se não tenho tempo nem mesmo de cuidar de minhas obrigações. Tempestades de ideias me acometem somente quando não posso desenvolvê-las. Cheiros e tons se misturam e pedem para serem impressos num papel. Loucura total, eu sei. Mas que posso fazer?


Às vezes, de madrugada, escrevo textos meio indies, meio apaixonada, meio chata, meio brega... Escrevo sobre auto-definições. E depois vou dormir. Como se nada tivesse acontecido.